quinta-feira, 2 de junho de 2011

“VIOLÊNCIA E ESCOLA”: RELAÇÃO ENTRE AMBIENTE DE TRABALHO, VIOLÊNCIA E SAÚDE DO PROFESSOR.

GRUPO: CONHECIMENTO (2° Período)
COMPONENTES:
BIANCA DE BRITO ORMOND
CLAUDIANE FERREIRA GOMES
FERNANDA SOARES NOTAROBERTO
LUIZ ANTONIO COSTA TARCITANO
MÔNICA VERAS DE SOUSA

Diversas pesquisas mundiais revelam que os educadores estão propensos a sofrer problemas de saúde, em virtude das dificuldades ambientais e da crescente violência relacionadas ao exercício da atividade docente. O grupo pretendeu estimar a ocorrência de transtornos na saúde dos professores da rede pública de ensino do Rio de Janeiro, e investigar a associação com as características do trabalho docente. Para isso, utilizou-se, na população estudada, um questionário dirigido com respostas do tipo sim ou não. Participaram da pesquisa, 38 professores(as) do ensino fundamental e médio de quatro escolas (duas estaduais e duas municipais) da regional supracitada. As alterações na saúde e na qualidade de vida foram expressivamente relacionadas a tormentos com a violência e com as péssimas condições ambientais (ambiente físico e conforto no trabalho); e organizacionais, pouca autonomia, baixa criatividade e pouco tempo para planificação das aulas. Os resultados demonstram uma realidade crítica em relação à saúde da população pesquisada e aprovisionam dados estáveis para a proposição de medidas com vistas à melhoria das condições de trabalho docente.

O estudo incidiu sobre as condições de trabalho, ambientais e organizacionais, e indicadores selecionados de saúde dos professores do ensino fundamental e médio das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro, tudo consubstanciado pela violência crescente no espaço escolar.

O questionário, que foi aplicado de forma impessoal e anônima, teve o fito de reunir dados e fatos sobre alguns problemas de saúde e trabalho sentidos pelos professores entrevistados. Estes foram confrontados em relação ao conjunto de questões abordadas em cada tópico do questionário, a saber: (a) características pessoais; (b) conduta referente à saúde e à morbidade inventariada; (c) inserção no trabalho; (d) carga horária de trabalho; (e) experiência com a violência dentro e fora da escola; (f) doenças pré-existentes; (g) recursos disponíveis para o trabalho escolar; (h) ambiente físico na escola. A grandeza da associação de cada fator com a presença de transtorno de saúde foi aferida por significância estatística.

Evidenciou-se uma correlação de perturbações na saúde dos professores respondentes, principalmente, daqueles que confessaram ter sofrido episódios de agressão por alunos, por pais de alunos e por pessoas entranhas ao ambiente escolar. Outrossim, os aspectos físicos do ambiente de trabalho também foram relevantes na gênese das enfermidades, haja vista que um longo período de tempo dedicado à atividade laboral em ambientes com graus consideráveis de desordem, calor e barulho pode causar stress, cefaléias e neurastenia.

Os resultados sobrelevam a necessidade de se avançar nos estudos sobre essas perturbações clínicas e sobre o labor docente, com o objetivo de se entender melhor as aproximações vislumbradas e embasar estudos que almejem aprimorar o regozijo no trabalho e visem promover a saúde dos professores.

Mister se faz que o problema da violência escolar seja debatido por todos: alunos, pais, professores e autoridades. Somente unindo energias, investigando, executando bons planos de inclusão, de melhoria da qualidade de vida dos professores, dentre outras providências, é que suplantaremos essas contrariedades e obteremos uma educação de qualidade.

A magnitude da ocorrência de problemas de saúde em professores demarcada nesse estudo, e sua correlação com os tópicos investigados demonstram a necessidade de ações que melhorem as condições do trabalho docente. Essas ações, bem como a pesquisa integral encontram-se disponíveis em: Biblioteca > Ambiente de Grupo > Área de Publicação – Web Ensino. Vale a pena conferir!!!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARRETO, Margarida. Violência, Saúde e Trabalho. Educ/Fapesp: São Paulo, 2003.

CORTÊZ, José de Angelis. Epidemiologia: conceitos e princípios fundamentais. Varela: São Paulo, 1993.

GONÇALVES, Luiz Alberto Oliveira. A Síndrome do Medo Contemporâneo e a Violência na Escola. Autêntica: Belo Horizonte, 2008

MOURA, Edílson. A Violência escolar e a Saúde do Professor. Disponível em: http://dilmanarede.com.br/paulosoares/ananindeuadebates/a-violencia-escolar-e-a-saude-do-professor. Acesso em: 24 de maio de 2011.

SILVA, Paulo Sérgio. Saúde Mental do Professor. Expressão e Arte: São Paulo, 2006.

VIEIRA, Sônia. Introdução à Bioestatística. Campus: Rio de Janeiro, 1998.






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