sexta-feira, 8 de abril de 2011


Sabemos que os fatores que levam à violência são os mais variados, portanto, pensamos em desenvolver um projeto educativo que envolva múltiplas formas de engajamento e vivências, utilizando assim diversas possibilidades de habilidades, competências e atitudes. Freire (1987, p.49), afirma que: “Nosso papel não é falar ao povo sobre a nossa visão do mundo, ou tentar impô-lo a ele, mas dialogar com ele sobre a sua e a nossa. Temos de estar convencidos de que a sua visão do mundo, que se manifesta nas várias formas de sua ação, reflete a sua situação no mundo, em que se constitui. A ação educativa e política não pode prescindir do conhecimento crítico dessa situação, sob pena de se fazer “bancária” ou de pregar no deserto”.

Para tanto, ao pensarmos em um projeto para reduzir a violência escolar, não podemos nos colocar na posição de julgadores dos nossos alunos e sim procurar ações dialógicas que sejam capazes de mostrar-lhes alternativas que até então lhes eram desconhecidas.

Visando a redução da violência escolar pensamos no projeto que se segue:

-Com aplicabilidade em alunos do Ensino Fundamental e Médio e execução de longo prazo.

-As oficinas e atividades serão oferecidas no horário regular e estendidas ao período invertido a escolaridade do aluno.

Procuramos pensar em atividades que não esbarrassem em questões financeiras, mas percebemos ser muito difícil um projeto eficaz sem nenhum apoio financeiro. Sugerimos a captação de recursos junto a instituições próximas ou simpáticas ao projeto de redução da violência escolar, bem como o engajamento da comunidade doscente e discente.

Entendemos o esporte e as artes como grande motivadores de alegria e desafios, portanto nossas atividades estão pautadas nestes âmbitos:

• Criação ou utilização de espaços para realização de oficinas: As oficinas oferecidas seriam previamente selecionadas a partir das necessidades da comunidade. Podendo ser de leitura, artesanato, teatro, ou até mesmo de uma qualificação como manicure, maquiagem, desenho, etc.;

• Aulas de reforço escolar aproveitando os alunos com bom rendimento para serem os monitores;

• Campanhas de coleta e reaproveitamento de lixo, gerando produtos que possam ser comercializados, viabilizando incentivos e premiações.

• Debates e palestras com pessoas especializadas em estudos sobre a violência escolar;

• Filmes e peças de teatro referentes ao tema;

• Atividades esportivas como atletismo e jogos.

-Estratégias de ação: Após a criação das oficinas é necessário envolver a comunidade escolar na culminância do projeto de redução da violência escolar.

Na parte artística sugerimos:

• Dramatização feita pelos alunos onde o roteiro, roupas e cenários fossem confeccionados pelos envolvidos neste segmento do projeto;

• Confecção de um livro de poesias ou contos sobre o tema;

• Bazar para exposição e venda dos objetos confeccionados;

• Gincanas esportivas; Onde todos os participantes seriam convidados a realizar várias modalidades não valorizando apenas uma. Assim o aluno sai da sua região de conforto experimentando atividades em que desenvolve com habilidade e a que ainda precisa desenvolver-se mais. A violência escolar não diz respeito só à agressão entre os alunos, mas também dos alunos contra o corpo docente e depredação do ambiente escolar.

Algumas propostas de Projetos Educacionais podem não erradicar de imediato a violência escolar por se tratar de um trabalho continuo de conscientização das famílias e da sociedade como um todo, mas diminui significativamente este que tem sido um grande desafio para todos nós.

Violência é um comportamento que causa dano a outra pessoa. Invade autonomia, integridade física, moral ou psicológica e mesmo na vida do outro. A indicação de Paulo Freire é de que a reação dos oprimidos poderá confrontar a consciência presente nos gestos e nas ações violentas. Os oprimidos acima dos desejos e interesses mesquinhos, individualistas, poderão constituir outra civilização, mais humana, com menos opressão e injustiça. As violências escolares, tomadas como objeto de investigação e reflexão, relacionadas às considerações desenvolvidas por Paulo Freire permitem compreender um possível enfrentamento, no âmbito social e escolar.


"Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda" ( Paulo Freire )



Grupo Meninas Super Poderosas

Danielle Paula Ferreira de Moraes

Fernanda Brito da Costa

Fernanda Marques Pereira Santos

Noêmia da Silva Teixeira

Simone Paulo Gusmão

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