No Brasil, nos últimos vinte anos, as políticas públicas de redução da violência em meio escolar tem se originado, sobre tudo, na esfera estadual e municipal. Apesar de expressarem iniciativas muitas vezes fragmentadas e descontínuas, já existe um considerável acumulo de experiência dessas políticas que demandam estudos sistemáticos para avaliar sua eficácia e proporcionar elementos para a formulação de novas orientações. É preciso considerar dois aspectos: o primeiro diz respeito ao fato de que o tema da violência na sociedade brasileira ganha espaço no debate público com processo de democratização. Não só a herança do regime autoritário se faz presente até os dias atuais, sensibilizando vários atores sociais na luta pela democratização institucional e pela realização de direitos da cidadania, como também a disseminação das várias formas da criminalidade. O segunde incide sobre o fato de que a violência em meio escolar no Brasil tanto decorre da situação de violência que atinge a vida dos estabelecimentos, sobre tudo públicos, nesse caso a violência escolar. Um dos tipos de violência que ocorre no âmbito escolar é a violência contra professores, que é crescente a cada dia. Precisamos pensar porque ocorre esse tipo de ação dentro e fora das salas de aula. Devemos agir imediatamente para não perdermos o respeito de nossos alunos e da sociedade. Algumas sugestões foram pensadas para tentar mudar esse quadro: - Estabelecer um discurso respeitoso em relação aos professores.
- Criar regras de conduta, na qual se respeite o professor e a coordenação pedagógica.
- Aperfeiçoar e criar regras de convívio na escola.
- Treinamento de professores em mediação de conflitos.
- Estabelecer paralelos entre o que se vive na escola e o que se vê fora dela.
- Desenvolver temas que mostre como a violência, a injustiça e o preconceito resulta em violência.
- Instalação de centro de lazer, esporte e cultura na escola, bairro e na comunidade.
- Intensificar a parceria com os professores para que eles não enfrentem sozinhos situações de agressões e constrangimentos.
- Profissionais de psicologia para ajudar os professores a evitar julgamentos precipitados sobre o histórico dos alunos que afeta negativamente dentro da sala de aula.
- Campanhas de valorização da escola.
- O professor precisa ter o seu trabalho valorizado pelos alunos e seus pais.
- Na escola deve ser efetiva a integração família escola, para que seja gerida de modo democrático e ofereça seus alunos oportunidades de expressarem seus talentos, não sua crueldade.
- Criar espaço próprios e condição que permita cada aluno e a comunidade a possibilidade de crescer e viver em conjunto.
- Criar um núcleo gerador de ações que deve ter automonia de modo a fazer parte da vida do bairro, abrindo-e para ações de interesses do segmento dos alunos, com lideranças locais e competências de responsabilidade.
A escola e feita e feita de pessoas e para pessoas. Deveria haver uma campanha publicitaria visando a consciêntização de que a educação é investimento para a vida, os pais precisam assumir seus filhos, a comunidade deve "assumir" a escola e a sociedade a educação.
Para Paulo Freire a escola é um cenário em que o conflitos são tratados, mas em nenhuma hipótese com agressões. "Não há educação sem amor, o amor implica lutar contra o egoísmo, quem não é capaz de amar seres inacabados, não pode educar. Não há educação imposta como não amor imposto. Quem não ama não compreende o próximo, não o respeita, não há educação do medo. nada se pode temer a educação quando se ama." (Paulo Freire)
Nós educadores precisamos fazer nossa parte. É preciso valorizar a educação, reunir o trabalho dos cérebros humanos às novas propostas de trabalhos em prol de um mundo melhor. Desenvolver novos métodos e técnicas que sejam capazes de encantar e produzir aprendizagem. Criar o novo, desenvolver habilidades, competências e provocar uma tomada de atitudes para ajudar desenvolver o país.
E como dizia Paulo Freire...
"Aos professores fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem "águias" e não apenas "galinhas". Pois se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda."
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