terça-feira, 3 de maio de 2011

De que maneira uma estratégia de formação continuada de professores centrada na escola pode contribuir para eliminar episódios de violência?



AVM – Faculdades Integradas

Curso de Pedagogia

Disciplina: Didática I

Profª: Flávia Cavalcanti

Alunas: Adriana Carneiro da Rocha
Suzana Ribeiro Soares
Reinildes Agostine

Projeto Interdisciplinar


De que maneira uma estratégia de formação continuada de professores centrada na escola pode contribuir para eliminar episódios de violência aí instituídos?



“Quando o grupo não elucida o problema pode esquecer-se da necessidade que é comum a todos e cada um pode querer resolver seu próprio problema. Por exemplo: presumir, fingir que está tudo bem, brigar, não realizar a tarefa”
Maria Leonor Cunha Gayotto

Enquanto objetivo nacional fundamental a política de segurança pública não mais nos transmite um sistema de crenças e valores para a cidadania. Sendo assim, infelizmente, a violência é algo da prática no cotidiano escolar e agora temos que buscar estratégias para lidar e mudar essa realidade.
Partindo do pressuposto que a política neoliberal nos transforma numa sociedade individualista, em que os valores são o TER (dinheiro, poder, vantagem) e não o SER, os sujeitos desde pequenos anseiam um lugar de status na sociedade, quando escolhem o tênis que acende luz, os jogos eletrônicos atuais, instauram lugares de poder e selecionam seus pares a partir destes critérios. Essa é uma organização visível no comportamento social vigente.
O desdobramento é a divergência dos interesses das escolas, dos professores (formar cidadãos) e dos alunos, onde se instalam grandes rusgas na comunicação, resultando na violência.
Embora o buylling seja algo que sempre esteve presente nas escolas até porque as diferenças (gordo/magro, dentuço, orelhudo etc.) nunca foram trabalhadas ao longo do tempo nas escolas, agora aparece com maior gravidade e como uma ameaça assustadora para todos da comunidade escolar.
A possibilidade de se pensar um projeto político pedagógico na escola, que transforme esta realidade acima citada em um espaço democrático, precisa percorrer um caminho pela conscientização de todos por um interesse comum.
Um passo importante é relacionar teoria, prática e o cotidiano. Estudar textos sobre o assunto, ler experiências vividas em outros casos publicados em livros e jornais e dialogar com as teorias que explicam o assunto; valorizar as discussões coletivas nos encontros de formação continuada, definindo estratégias de ação nas salas de aula. Quando possível, trazer convidados ligados as áreas de estudo sobre comportamento para debates e ou rodas de conversa com a participação de toda a escola, para que possamos mudar nossa prática com maior segurança e fundamentação.
Nas ações em sala de aula, criar canais de comunicação como assembléia de alunos para discutirem temas sobre situações de violência na escola, refletindo sobre a responsabilidade de cada um neste contexto.
O professor engajado em uma formação continuada e atento às mudanças de comportamento na sala de aula, que são evidenciadas com a presença do buylling, tem condições de incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos interdisciplinares, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito.
Como desdobramento, aproximando-nos mais do nosso aluno, podemos entender melhor o que ele pensa e/ou os motivos que o levam a agir violentamente com seus próximos. Possibilitando intervenções, encaminhamentos diversos (escolares ou não, tais como, psicólogos ou assistentes sociais) e, consequentemente, mudanças de atitude.
Ao planejar, então devemos levar em conta que individualidades sejam reconhecidas, tornando os alunos sujeitos de sua própria história; elaborando atividades participativas em prol do sistema de crenças, regras e valores do espaço escolar, para que sejam responsáveis e atuem como cidadãos.
Como cita Gayotto “A maneira de conhecer a realidade, de pensar e sentir integradamente e de forma criativa, de conseguir um agir crítico, são aspectos que começam a ter sentido para as pessoas, mas exigem ainda um grande esforço para realizá-las.”















Referências:
FREIRE, Paulo, Pedagogia do Oprimido, 17ª Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.

FREIRE, Paulo & RIVIÈRE, Pichon, O Processo Educativo Segundo Paulo Freire e Pichon – Rivière. 1ª Ed. Rio de Janeiro, Vozes, 1987.

CAVALCANTI, Flavia, apostila de Didática I.

NEY, Antônio, Apostila Políticas Educacionais.

ROCHA, Adriana Carneiro da, SANTOS Analice Gomes dos, BONANNO, Nabia Bokehi, CONDUTTA, Sônia de Oliveira, REIS, Suzana, Trabalho para o Blog O Exercício da Cidania Contra a Violência, 08 de abril de 2011.

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