terça-feira, 3 de maio de 2011

PROJETO INTERDISCIPLINAR DIDÁTICA I


De que maneira uma estratégia de formação continuada de professores centrada na escola pode contribuir para eliminar episódios de violência aí instituídos?

O professor deve estar preparado ou se preparando para os novos desafios que a educação impõe, e nesse sentido, a formação continuada apropria-se de uma condição ímpar em sua atuação profissional, pois, segundo Libâneo “é na escola, no contexto de trabalho, que os professores enfrentam e resolvem problemas, elaboram e modificam procedimentos, criam e recriam estratégias de trabalho, e com isso, vão promovendo mudanças pessoais e profissionais”, ou seja, a singularidade da formação continuada proporciona a reinvenção da conduta profissional, contribuindo assim para as intervenções cabíveis e necessárias por parte do professor, subsidiando suas ações que vão de encontro a temas pertinentes às atribuições desse profissional.
Dentro desse contexto, enfatizamos a questão do preparo dos profissionais da educação para um fenômeno antigo, que sempre ocorreu nas escolas, mas que está com nome novo: BULLYING.
O bullying é uma violência psicológica, e não apenas uma brincadeira de criança. Ele se caracteriza por todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando sofrimento e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir a pessoa, deixando-a impotente em sua defesa. De acordo com pesquisas feitas pelo IBOPE em 11 escolas brasileiras, 40,5% de alunos entre a 5ª e a 8ª série já foram vítimas ou praticaram bullying.
Prevenir e combater o bullying na escola é de responsabilidade de todos os envolvidos nesse contexto, funcionários, professores, diretoria, alunos e pais de alunos, cabendo à escola as estratégias para o combate a essa violência que ocorre prioritariamente, dentro de seu espaço.
Adotar estratégias de prevenção, bem como detectar precocemente o problema (Bullying) parece ser a maneira mais adequada para reduzir a chance de que este e outros problemas, como as dificuldades emocionais e de aprendizagem, sejam desenvolvidas. Logo, preocupar-se com a formação continuada dos professores é imprescindível, por dar-lhes instrumentos para conhecer melhor e saber como intervir e diminuir os casos de Bullying na escola, numa postura crítica diante do problema.
Embora os professores se considerem conhecedores do assunto, muitas vezes mostraram-se distantes com respeito aos problemas que ocorrem no interior da sala de aula, assumindo uma postura ora autoritária, ora de omissão, ocasionadas por não saberem como intervir, adotando uma postura ausente e não interferindo nesses atos agressivos, perpetuando assim, a cultura de violência nas escolas. Mas, sendo conhecedor do assunto, por que o professor não age de forma diferente? Que estratégia pode subsidiar a conduta do professor nesses casos?

Muitas vezes o professor não sabe como agir, pois não lhe é permitida a participação ativa na tomada de decisões da escola, sendo excluído desse processo que por vezes, cabe somente à direção, tendo o professor somente o direito de executá-las. Acontece que o professor é o protagonista do espaço escolar e ele precisa se sentir seguro para tomar decisões que anteriormente deveriam ter sido refletidas por toda a escola.
Como norteador para mudar esse quadro, a primeira coisa a fazer é que a escola possibilite um espaço / tempo para o debate reflexivo do corpo pedagógico, para que, apoiados em suas experiências e práticas, possam vislumbrar as estratégias cabíveis em seu contexto escolar, pois a formação continuada centrada na escola possui cunho coletivo e não individual, e deve ser encarada como um processo permanente, integrado no cotidiano das escolas e dos professores, tornando possível a busca de soluções para as problemáticas vivenciadas no cotidiano.
Os episódios de violência instituídos na escola tenderão a diminuir quando a escola oportunizar o desenvolvimento profissional do professor, compreendendo que ele é o agente social e político capaz de transformar a própria escola e seus sujeitos, dando novos rumos e perspectivas à educação.
Esse processo de desenvolvimento da consciência ocorre quando o professor encontra na escola um espaço onde a reflexão-na-ação seja possível, ou seja, quando é possível a troca de experiências e saberes para se concretizar o saber-fazer.


.


Bibliografia:

LIBÂNEO, didática.

CAVALCANTI, Flávia. Caderno de didática I, AVM.

Sites: www.brasilescola.com.br

www.observatoriodainfancia.com.br

Componentes do Grupo:

Fátima Alessandra Borges Piemonte

Eliza Lombardi Carneiro

Natalia Braga Pinheiro

Nenhum comentário:

Postar um comentário